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quinta-feira, 31 de maio de 2012

Os benefícios do óleo de coco na saúde


Por Monica Coronel
Iniciar uma dieta à base de óleo de coco extra virgem poderá gerar algumas dúvidas. Para um melhor esclarecimento, consultamos a Especialista em Nutrologia, Dra. Tamara Mazaracki, que é Membro da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN), Pós-graduada em Terapia Ortomolecular, Nutrição Celular e Longevidade. Em nossa entrevista, foi possível verificar que ingerir o óleo de coco extra virgem só pode fazer o bem!
Para a entrevista a seguir, utilizamos dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), cujo padrão nutricional recomendado para a ingestão diária de quilocalorias (kcal) está em torno de 55% a 75% de carboidratos, 10% a 15% de proteínas e entre 15% e 30% de lipídios (gorduras). A dieta diária deve somar em torno de 2.000 kcal para um adulto, e 1.800 kcal para uma criança.
Dra. Tamara, poderia esclarecer se o uso de óleo de coco extra vigem, na quantidade de até duas colheres de sopa, iria de encontro às determinações preconizadas para uma boa nutrição?
Dra Tamara – No meu entender, seguindo a OMS, a dieta deve ter 55% de carbos, 15% de proteínas e 30% de gorduras. Não vejo nenhum problema em se tomar até 3 (três) colheres de sopa, que são indicadas para o benefício máximo do óleo de coco. Gostaria de lembrar que na Dieta Mediterrânea, os gregos tomam um copinho de azeite antes das refeições principais, o que perfaz bem mais que 3 (três) colheres de sopa desta também preciosa gordura.
Por se tratar de uma gordura saturada, poderá transparecer ser prejudicial à saúde. O que difere essa gordura das demais?
Dra Tamara -O óleo de coco extra virgem tem composição semelhante ao do leite humano, de fácil digestão, rápida produção de energia e, sobretudo, efeito benéfico sobre o sistema imunológico ao se transformar no organismo humano em Monolauril, um monoglicerídeo de ação antibacteriana, antiviral e antiprotozoária. Antes de tudo o óleo de coco é considerado um alimento funcional.
Poderia tecer um comentário sobre pesquisas que relacionam o óleo de coco extra virgem à alimentação?
Dra Tamara – Há inúmeros livros publicados sobre o assunto, relacionando os benefícios do óleo de coco extra virgem em doenças tireoidianas, emagrecimento, doenças intestinais, candidíase, fadiga crônica, diabetes, AIDS, parasitoses e muito mais. As pesquisas mais recentes provam claramente que o óleo de coco não causa aterosclerose e doença cardíaca, apesar de ser uma gordura saturada.
Em um estudo publicado no Clinical Biochemistry, 2004, os pesquisadores alimentaram as cobaias com óleo de coco extra virgem e detectaram um efeito benéfico na redução do colesterol total, triglicerídeos, fosfolipídios e colesterol LDL. Houve um aumento no colesterol bom, o HDL. Além disso, frações ativas de polifenol presentes no óleo de coco preveniram a oxidação do colesterol LDL in vitro, Sabe-se que a oxidação do colesterol é que causa a formação de placa aterosclerótica. – Beneficial effects of virgin coconut oil on lipid parameters and in vitro LDL oxidation. K.G.Nevin and T. Rajamohan, Clinical Biochemistry 37,2004;830-835.
Um grande número de estudos mostra uma correlação direta entre infecções crônicas e sub-clínicas por bactérias e vírus, e doença coronariana. Os maiores culpados são Chlamydia pneumoniae, Cytomegalovirus, e Helicobacter pylori. Cada um deles, e muitos outros, são efetivamente combatidos pelos TCM presentes no óleo de coco extravirgem, o que pode efetivamente reduzir a incidência de doenças cardiovasculares. E mais, o óleo de coco, com seu efeito termogênico e sacietógeno, ajuda a promover o emagrecimento saudável.
Como indicar o uso do óleo de coco extra virgem dentro dos conceitos da OMS?
Dra Tamara – Falando em calorias, uma colher de sopa bem cheia de óleo de coco contém 115 calorias. Três colheres serão 350 calorias aproximadamente. Se a ingestão calórica está em torno de 2.000 calorias, temos aqui 15 % da ingestão diária recomendada, podendo o indivíduo ainda se beneficiar do uso de azeite e da ingestão de sementes oleaginosas diversas, sem ultrapassar a cota de 30%.

Os benefícios do óleo de coco ainda é muito discutido pelos pesquisadores. Apesar da sua característica anti-inflamatória, é um tipo de gordura saturada, podendo provocar a diminuição do HDL que é benéfico a nossa saúde.
Existem algumas características que sem sombra de dúvida, o torna funcional e válido ser acrescentado no dia-dia das pessoas. O óleo de coco virgem é capaz de prevenir certas doenças. De todas as gorduras vegetais, a do coco apresenta a maior concentração de ácido láurico – mesmo ácido graxo presente no leite materno- que tem como funções melhora da absorção dos nutrientes elevando todas as defesas do organismo e prevenção e combate de fungos, como a cândida, e parasitas, como a giárdia. Dentre outras funções, regulação da função intestinal, combate a fadiga crônica e a fibromialgia e ajuda no controle da diabetes já que ele não estimula a liberação de insulina.
O óleo de coco virgem não altera o sabor de outros alimentos, o que permite usá-lo em substituição ao óleo de soja ou canola, e ainda misturá-lo em sucos e vitaminas, como tempero para saladas ou na receita de bolos e doces. Nas refeições ricas em carboidrato, pode diminuir o índice glicêmico da refeição deixando o prato mais saudável.
É importante ressaltar que os benefícios estão no óleo de coco virgem. O óleo de coco é dividido em duas categorias: refinado e virgem. A versão refinada é obtida a partir do coco seco (sem umidade), chamado de copra, e não mantém suas propriedades benéficas. O óleo de coco virgem é obtido, por processos físicos, a partir de cocos frescos e úmidos. O alimento passa pelas etapas de prensagem e filtração, preservando seus fitoquímicos naturais.
A Clínica Andrea Santa Rosa acredita que a forma mais eficaz de se obter as propriedades do óleo de coco é acrescentando indiretamente na alimentação, ou seja, em tempero de saladas, bolos, biscoitos, sucos e vitaminas. Vamos contar com sua característica anti-fúngica e imunológica, a emagrecedora ainda existem muitas controvérsias que necessitam de mais estudos para serem comprovadas.

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